sábado, 30 de julho de 2011

Again.


Os primeiros raios de sol adentravam pela janela, e os olhos da moça se abriam preguiçosamente. Um sorriso crescia, sincero, em sua face, e com um facilidade extremamente inexplicável, ela sentiu o ar adentrar suas narinas, enquanto invadia seuss pulmões.
Há quanto tempo mesmo, aquele simples ato de respirar, havia se tornado algo quase impossível de ser feito? Ela não fazia idéia de como, por tanto tempo, ela havia conseguido sobreviver sentindo aquela dor lhe apertar o peito, sufocando-a, matando-a lentamente.
Mas, naquele dia, no entanto, toda aquela dor parecia não mais existir. Como se tudo o que ela passara fosse um mero pesadelo, e apesar de saber que não o fora, ela se via bem, acreditando em tal falsa teoria. 
Era bom sentir que tudo havia acabado, que a dor não mais lhe dilacerava o peito; que o ar, agora habitava seus pulmões sem muito esforço; e que principalmente, tudo, naquele momento, fizera sentido.

Era sua chance de começar outra vez.


@geysedmes

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