quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A vida é bem engraçada. João ama Maria, que ama José, que ama Francisca que ama... Veja bem, é um ciclo vicioso. Eu sei disso porque já amei quem amava outra pessoa e quando a gente quer muito alguém, acabamos nos enganando, e consequentemente, quebrando a cara. A gente tenta fazer com que aquela pessoa se molde em um lugar ao nosso lado, mas é como um quebra cabeças, se não forem as peças certas, simplesmente, não encaixam. A gente quer que aquela pessoa nos olhe diferente e entenda porque nos rouba o ar. A gente quer viver um sonho. Mas em um momento, o sonho vira pesadelo, que se torna a nossa realidade. Em um momento, a gente entende que amar alguém não depende somente de um coração, a gente descobre que amor vai além. Além de querer. A gente entende que não importa o quanto nos importemos, algumas pessoas não querem saber. Um momento da vida a gente descobre que amor não é uma via de mão única, que um coração não pode amar por dois.

Amor é doar sim, mas também é receber. Amor rola, não enrola. Amor é inteiro, não meias palavras. Amor não hesita. Amor que quer demais, é egoísmo. Amor que é dependente, é doença. Amor que é duvidoso, é medo. E amor que não é amor, não serve.
A gente tem que querer quem nos queira, quem transborde, quem nos dê mais respostas que perguntas. A gente tem que querer quem nos é suave, quem encaixe, quem nos dê mais sorrisos que lágrimas, quem nos faça pensar no futuro e esquecer o passado. A gente tem que querer quem não se envergonha da gente, quem quer nos mostrar pro mundo inteiro. A gente tem que querer quem cure nossas feridas, nos faça esquecer os traumas, e seja abrigo, refúgio e força.

A gente tem que querer quem nos faça entender porque nunca deu certo antes e quem seja o motivo de não existir ninguém depois.