Na verdade, a moça admirava. Conseguia captar a leve melancolia, talvez saudade com que ele se fixava fora daquela sala, contando os minutos para correr dali e conquistar o mundo.
Tenho certeza que conquistava. Ora, era impossível não sentir o magnetismo! Qualquer coisa que pairasse à frente do campo de visão era atraído pelo par de imensidão azul que ele comportava.
Certa vez, ela fora a coisa que adentrou o campo. Sentiu-se intensa, ruborizada e inegavelmente hipnotizada. Como se já não bastasse o olhar, ele abriu o sorriso e a gentileza para que pudesse passar pelo corredor.
Ela não queria. Ficar ali sendo magnetizada pelos poderes naturais era infinitamente melhor que qualquer coisa, entretanto, o tempo não colaborou.
A janela foi fechada. A porta foi trancada e ele passou. Ou eles passaram juntos. Ela perguntou o nome dele, porém, isso foi apenas para si mesma. Ele não ouviu.
Onde está você agora?
@annamoud