sábado, 30 de julho de 2011

Again.


Os primeiros raios de sol adentravam pela janela, e os olhos da moça se abriam preguiçosamente. Um sorriso crescia, sincero, em sua face, e com um facilidade extremamente inexplicável, ela sentiu o ar adentrar suas narinas, enquanto invadia seuss pulmões.
Há quanto tempo mesmo, aquele simples ato de respirar, havia se tornado algo quase impossível de ser feito? Ela não fazia idéia de como, por tanto tempo, ela havia conseguido sobreviver sentindo aquela dor lhe apertar o peito, sufocando-a, matando-a lentamente.
Mas, naquele dia, no entanto, toda aquela dor parecia não mais existir. Como se tudo o que ela passara fosse um mero pesadelo, e apesar de saber que não o fora, ela se via bem, acreditando em tal falsa teoria. 
Era bom sentir que tudo havia acabado, que a dor não mais lhe dilacerava o peito; que o ar, agora habitava seus pulmões sem muito esforço; e que principalmente, tudo, naquele momento, fizera sentido.

Era sua chance de começar outra vez.


@geysedmes

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Hey, espere!

   Meus olhos forçavam a vista naquela escuridão. A noite estava quente, úmida e a praia , àquela hora, estava divinamente perfeita. Meu vestido longo de algodão branco com flores coloridas (algo bem hippie) estava indo e vindo com o vento até que eu encontro uma pedra enorme, metade dentro da água e metade na areia. Sentei e pus-me a observar o mar.
   Ah! Como eu amava aquela brisa refrescante encontrando minha pele. Aquele ar salgado fazia bem para minha alma e meus pés enterrados na areia molhada descarregavam todas as raivas, as mágoas... E até mesmo as lágrimas que por algum motivo incerto estariam presas em mim, ali elas se dissolviam.
    Talvez, por as lágrimas também conterem um sabor salgado semelhante ao marítimo, elas sentissem obrigação de se misturarem com o imenso ali. E de alguma forma estranha aquilo me confortava a mente, o corpo, o coração.
    Ia ficando cada vez mais tarde, mais e mais escuro e eu ali, parada, observando o quebrar das ondas, a espuma branca e branda na ponta do azul marinho...
    Então meu coração batia de modo abrupto, indicando que algo errado havia ali, eu estava desesperada, angustiada, com um turbilhão de pensamentos ao mesmo tempo dentro de mim. Ah, eu queria gritar, sair correndo e me atirar no mar sem volta. Gritei, mas meus pés se recusaram a fazer o caminho até o mar.
   Pensei bem, olhei a lua refletida na água escura, senti o vento, agora mais forte, arrepiar-me a epiderme de modo tal que meus pelos corpóreos eriçaram-se visivelmente. Desci um pouco de onde estava e fui para mais perto da água, na ponta da pedra. Ousei tocar a água com os pés descalços, o que me fez relaxar e ao mesmo tempo sentir um frio inimaginável.
   Como eu superaria tudo aquilo? Meu coração estava tão frágil que nem mesmo ele estava pronto para o que estaria por vir. Droga! O que eu faria agora? O dia estava começando a nascer - como eu odiava o modo com que o tempo passava rápido quando eu pensava na vida - e eu não queria voltar para o hotel. Resolvi amanhecer ali mesmo.
   Quando olhei o horizonte, ele estava róseo, lindo, diferente do velho pôr-do-sol alaranjado que eu acostumara a ver no interior, ali era diferente eu gostava. E foi ali pairando que eu percebi como eu resolveria tudo: daria tempo ao tempo, as situações dariam certo no final, mesmo ele sendo feliz ou não.
    Porque mesmo com a noite escura, o sol volta a brilhar no outro dia, é só questão de... Esperar.





@annamoud

terça-feira, 19 de julho de 2011

Broken


           As ondas estavam agitadas e assim que se aproximavam da costa, batiam nas pedras e se quebravam; logo, porém, dando origem a outras muitas ondas. Um ciclo.
            Lá de cima, naquele enorme penhasco, no entanto, aqueles pequenos acontecimentos nunca haviam sido tão encantadores, como estavam sendo, naquele momento, para a jovem garota.
            O azul das águas cristalinas do mar lhe pareciam bastante convidativas, e o vento frio que lhe acariciava a pele, lhe proporcionando uma ótima sensação; aquilo tudo era como um convite prévio do que, talvez, viesse a sentir dali a algum tempo.
            Ela respirou fundo, fechando os olhos em seguida, enquanto ouvia todas suas confusões serem "giradas" dentro de sua cabeça.
            Ela, então, abriu os braços, soltando um alto grito em seguida. Naquele grito, ela descarregou toda sua raiva, toda sua agonia... Mas, contudo, assim que sua boca fechara, dando lugar ao absoluto silêncio, ela suspirou.
            A dor ainda existia dentro dela! Aquela maldita dor ainda lhe apertava o peito, mostrando que ainda existia. E agora, talvez até estivesse maior do que antes!
            E, como se não lhe fosse suficiente, ela não sabia como se livrar dela. Tantas tentativas e no fim das contas, nada mudava!
            Ela estava prestes a enlouquecer! Estava quebrada, pisada, humilhada... Na verdade, uma morta-viva, e ninguém nunca se importava!
            Ela deu alguns passos a frente, e mirou abaixo dela; desfrutando do doce convite que o mar lhe fazia... E de repente, morrer, para ela, lhe parecia a melhor opção!
            Então, ela cerrou os olhos e se jogou naquela escuridão. Sentiu o vento frio tocando sua delicada pele como agulhas; sentiu-se leve, plena; E mesmo que brevemente, ela não sentia dor... Ela não sentia nada!
            Seu coração fora tonado por uma paz inexplicável, e assim que seu corpo tocara bruscamente a água salgada e fria, ela respirou fundo, pela primeira vez, em muito tempo sentindo-se viva!








@Geysedmes

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Conexão

   Por vezes, andamos distraídos nas ruas, ou em qualquer lugar, e então olhamos aquela pessoa. Sim, aquela que te chama atenção pelo olhar, pelo sorriso, pelo jeito, pelos pequeninos detalhes os quais o seu bobo coração se fará derreter, ou então sentirá um tipo de conexão.
   Acho engraçado isso. Sentimos como se fosse algo tão mágico, algo que realmente nos conecta com essa pessoa e de repente, Pluft!, tudo aquilo que você sempre sonhou, começa a acontecer em cadeia: o coração disparado, as pernas bambas, o suor frio, os tremores gostosos pelo corpo, a falta de palavras a serem mencionadas, as bochechas roubam sangue de todas as outras partes do corpo só para avermelharem-se diante dele(a)... E por mais que digam que não, todos gostam disso.
   Você sente que conhece o interior da pessoa há tanto tempo, como se, por toda a vida, sempre estiveram ali ao lado do outro, e bastava apenas essa conexãozinha aflorar em ambos para que então, um pertencesse ao outro. Ah! Que delícia seria, ou que delícia é essa sensação de conhecimento.
   Mas o que me deixa triste é que às vezes demora tanto para acontecer, e aquela fitinha vermelha mais fofa que une dois corações vai ficando velhinha, desbota... e a gente até perde as esperanças de toda a maravilha que as pessoas chamam de amor aconteça.
   Então, quando o sentimento acontece, a fita se revigora, fica linda, aveludada, brilhante, alertando a todos em volta que você está absolutamente conectado a outra pessoa.
   Pois bem, espero que a minha conexão chegue logo, e que seja linda, doce, terna, pura, sincera, triste, conturbada, perigosa, deliciosa, alegre, briguenta, enjoada... Enfim, que a minha conexão seja mesmo o amor.






@annamoud

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Maldito Coração.

Amar. Quem nunca amou na vida?
Decepcionar. Quem, de alguma forma, em algum momento da vida, já não se decepcionou?

Decepção Amorosa? Quem nunca as teve, com absoluta certeza, não vive.

Eu estava ali. O sol batendo ardentemente na janela, enquanto eu continuava sentada, praticamente imóvel, mirando os trilhos que iam ficando para trás, rapidamente.
Eu não era e jamais seria e a única que havia sofrido por amor nada vida, e muitos menos a única a ir embora levando consigo apenas uma mala cheia de dores... É, eu até poderia saber disso, más isso não seria capaz de mudar as vontades do meu coração.

Sabe o que ele quer?
Ele quer que eu pare na próxima parada do trem, e, que eu desista definitivamente daquela loucura; ou no máximo, voltasse para Moscou, onde era o começo da linha do trem, e aonde, sem dúvidas alguma, minha vida havia perdido completamente o sentido.

Você já se arrependeu muitas vezes, certo?
Já tentou concertar erros e recuperar o tempo perdido?
Naquele momento, meu coração também pedia que eu me arrependesse daquilo, e que, mesmo que, inutilmente, tentasse recuperar o tempo pedido.
Más eu não o queria recuperar nada e muito menos, me arrepender. Eu não queria, e no fim, a estúpida era a mim mesma, por tentar dizer isso o meu coração. [Ele jamais entenderia.  

Coração. Um órgão responsável apenas por bobear sangue para todo nosso corpo.
Tolice!
Ele não é nada além de um órgão vital.
De quem afinal, fora a maldita idéia de fazer dele algo racional?
Corações não são capazes de tal ato, pelo simples fato de ser um órgão com funcionamento involuntário. 

Todavia, quem sou eu, afinal, para julgar coisas que foram ditas há tantos e tantos séculos atrás?!
Não importa. Para mim, corações continuam sendo irracionais e não passam de uma inocente imaginação do ser humano.

Mas, suponhamos que, os corações possam ser realmente acionais: Há momentos em nossas vidas, que devemos deixar as palavras ditas por nosso coração de lado. Fazer-nos – mesmo que, momentaneamente – de surdos e jamais escutá-lo; sobre hipótese alguma.
As vezes suas palavras soam tão... Incertas. Mais inseguras do que já são. Você sente medo, e sem pensar segue a risca aquele ditado: “Escute sempre seu coração.”
Tolice!
De fato, escutá-lo é quase como um suicídio espiritual. Quase como se jogar de um precipício, onde não há seguranças nem certezas de que sairás vivo de lá, sabendo que você se machucará, más mesmo assim, o faz.

Céus! Como fui ingênua. Como fui uma completa idiota!
Onde já se viu?! Alguém como eu, certamente tão sempre cautelosa em relação aos meus atos... Logo eu, me dei ao direito de acreditar em meras palavras? Palavras? Para que servem, afinal?!

Eu merecia. Eu realmente merecia todas as conseqüências.
Mereci dês de sua primeira palavra grosseira, até aquela última palavra que fui capaz de escutar, cansada de tantos desaforos.
Mereci cada promessa de amor, misturada ao vazio da falsidade. 
Mereci. Merecia cada beijo, cada carícia. Mereci a primeira e única noite de amor, tão violenta quanto jamais pensei que seria. – Más afinal, havia mesmo amor?!
Eu mereci, pelo simples fato de ter me deixado levar por aquelas palavras. Amargas, doces... Palavras.
Aquelas simples palavras, vindas de mim mesma. Vindas de nada que não fosse, um lugar vazio e sombrio dentro de mim.
Maldito coração!
Maldita razão afeitada por amores.

Razão, afinal, onde tu estavas? Como foste capaz?! Quando precisei de ti, onde tu estavas?!
A resposta veio incrivelmente rápida: Eu estive aqui, porém, fora você, quem calara a minha voz. 
Logo eu, que me cuidava para não me apaixonar. Cautela poderia ser até considerado meu sobrenome.
Más não, não pude evitar, e... Maldito coração, por que afinal, naquelas palavras, você foi acreditar?


@geysedmes

domingo, 10 de julho de 2011

Alcance

   Ela olhou para o céu, com a veleidade de que ao menos dessa vez tudo desse certo. Pegou o casaco marrom em cima da mesa e saiu porta a fora, deixando apenas um bilhete, tranquilizando a mãe, dizendo que a amava muito e que estaria bem.
Ainda eram oito da manhã, e estava muito frio, mesmo com o casaco. A pequena aguardou o ônibus no ponto de sempre e no curto intervalo de espera, pôs-se a pensar se daquele jeito agora daria certo. será?
   O ônibus amarelo chegou, ela o encarou pesarosa, entrou e sentou no banco da janela. Colocou os fones de ouvido e começou a escutar e cantar baixinho "If today was your last day", do Nickelback, sua banda favorita.
   Havia um caderno em sua mão. Um caderno de capa dura e vermelha. Nele, a garota escrevia tudo o que sentia, pensava, queria... Na verdade, há tempos ela não preenchia suas folhas brancas.
   Resolveu dar uma espiada em sua última anotação, seu último texto que escrevera. Folheou o caderninho até mais ou menos a metade e lá estava mais um texto falando de seu sonho, e que ela o realizaria na primeira oportunidade.
    Chegou à cidade imensa com aquilo na cabeça. A mochila azul marinho era grande e pesava um pouco em suas costas, contudo ela andou os dezessete quarteirões para chegar no destino que queria.
   ''Lindo!", pensou assim que parou frente a porta de entrada. Com a mão leve e curiosa, abriu-a bem devagarinho, desbravando e devorando cada detalhe, cada pedacinho do lugar. Por si mesma, moraria ali, sem questionar.
   Todos a olhavam. Ela não falou com ninguém e foi direto ao elevador. entrou e apertou o botão do último andar. Cada vez que o número do visor que indicava o andar mudava ela ficava mais e mais ansiosa. Ela colocou todo o seu coração nisso.
   Dessa vez ela revisou tudo, corrigiu tudo e acima disso, ela nunca almejara tanto um sonho como o fazia neste momento enquanto rumava corredor a dentro para a saleta do final dele.
   Foi tão importante sua autoconfiança. Tudo o que poderia ser feito ela fez. Dera o máximo de si, toda sua alma, seu amor. E tudo valeu a pena quando, com um enorme, doce e gentil sorriso, ela recebera a notícia que deu certo, porque ela acreditou que seria capaz.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Recompensa.

O céu estava escuro e a chuva caia ferozmente sobre a pequena cidade; os trovoes eram estrondosos enquanto o vento balançava violentamente as folhas das árvores.
E em certa rua, em meio a essa tempestade, havia uma mulher. Mulher esta, que andava apressadamente pela calçada molhada.
Ela havia trabalhado durante todo o dia, e para piorar toda a situação, seu chefe ainda pedira para que ela terminasse alguns relatórios, e isso significava que, ela fizera horas extras. Onde já se viu?! Horas extras em plena sexta feira?! – Ela pensava, enquanto bufava, nervosa. - E como se tudo aquilo fosse pouco, havia aquela maldita tempestade. Eram sete horas da noite, estava frio, e era quase assustador estar andando por aquelas ruas sozinha.  
E naquele momento, ela teve a certeza: Não seria possível que as coisas pudessem piorar!  

- Droga! – Ela praguejou; O salto alto da sandália havia quebrado, quase levando-a ao chão.

E nada estaria tão ruim, que não pudesse piorar um pouquinho! – Ela lembrou a si mesmo, bufando.
Ela tirou os sapatos, e voltou a caminhar, enquanto segurava-os nas mãos. Durante os cinco minutos que se passaram, apenas uma pergunta rondava sua mente: Por que diabos, ela havia levado seu carro para a revisão junto aquele dia?! Tinha tantos outros, não é?! Mas não... Ela decidira levá-lo no dia em que São Pedro lhe regalara uma bela tempestade!
Aos suspiros, xingamentos e passos largos, ela chegou frente à simples casa de cor lilás. Abriu a porta da mesma, ela jogou sua sandália em um canto qualquer e, em um sobressalto, ela sorriu. Dois braços a envolviam carinhosamente a cintura.

- Oi, meu amor! – Ela sorriu, beijando-o docemente a face.
- Oi mamãe! Você demorou! – Havia um sorriso na face do garotinho.
- Mamãe teve que ficar um pouco mais no trabalho. – ela disse, enquanto pegava o pequeno no colo, entrando em casa, finalmente. – Maria ainda está aqui, não é?!
- Sim, sim. Eu até disse que ela poderia ir embora, e não se preocupasse, mas ela não quis. Insistiu em te esperar!
- Você realmente acha que pode ficar só em casa, não é? – ela riu brevemente, enquanto o menino a olhava, indignado.
- Mamãe, eu já sou um homem! O homem da casa! Por que não poderia cuidar sozinha da minha vida?
- Oh sim, o homem da casa... O meu homem! - ela riu gostosamente, enquanto enchia o garoto de beijos.
- Srta. Angel? – Uma senhora, de aproximadamente quarenta anos aparecera na sala, conseguindo a atenção da mulher. – oh meu Deus, a senhorita está encharcada! – ela sorriu brevemente. - Volto já. – E pouco tempo depois, ela voltava com uma toalha em mãos. – Aqui! – Ela entregou a mulher, que, antes que pudesse pegá-la, outro par de mãozinhas o fez em seu lugar.
- Pode deixar que eu faço isso! – Ele disse, enquanto levava a toalha aos cabelos da mãe, ajudando-a a enxugá-los. Ela sorriu.
- Srta. Eu já posso ir? Você sabe, já está ficando um pouco tarde...
- Claro, Maria. Claro que pode! Obrigada por ter quebrado o galo, mais uma vez, pra mim! – Ela sorriu meigamente, em agradecimento.
- Não foi nada! – Ela sorriu. – Tchau, baixinho! – ela se despediu dele, logo depois, acenando para a mulher, que mais uma vez sorriu.
- Tchau, ma. Até amanhã!
- E você, hein? Fez as tarefinhas? – Ela perguntou, voltando a mirá-lo, enquanto ele ainda enxugava-a.
- Fiz sim, mamãe! Tudo direitinho! – Ele sorriu, orgulhoso de si mesmo. – E você, trabalhou direitinho? – ele perguntou, enquanto levava a toalha ao rosto dela, enxugando-o delicadamente.
- Sim. Trabalhei direitinho! – Ela riu, enquanto beijava-o diversas vezes no rosto, coisa que o fez gargalhar. – Já jantou? – Ele negou. – Que tal ajudar a mamãe a preparar aquela macarronada deliciosa? Muito queijo... – Ela fizera caras e bocas, e ele rira.
- Ótima idéia, mamãe! – Ele sorriu.

E assim eles fizeram. O pequeno a ajudara a preparar o jantar e depois de pronto, ele a ajudou a por a mesa. Comeram alegremente enquanto ele contava seu dia e ela apenas sorria.

- Está na hora de dormir, não acha, mocinho? – Ela disse, quando o via fechar aos poucos os olhos, enquanto ele estava deitado com a cabeça em seu colo e viam um  DVD de desenho.
- Eu não estou com sono... – A mulher riu baixinho; não estava mesmo, e aquilo via-se de longe! - quero terminar de ver o desenho... – Ele dizia em uma voa cansada.
- Amanhã a mamãe coloca pra você ver de novo, que tal? – Ela sorriu, e ele assentira preguiçosamente, enquanto ela se levantava, levando-o nos braços até o quarto. – Durma bem, meu anjo! – Ela sorriu, enquanto o beijava na esta, antes de cobri-lo.
- Você também. – Ele disse em um breve sorriso, enquanto a mirava delicadamente. – Eu te amo muitão, viu?
- Eu também te amo muitão, meu bem. Nunca se esqueça disso! – Ela sorriu, dando-lhe um gostoso abraço.
- Amanhã você vem mais cedo? – Ela suspirou, vendo suplica nos olhinhos brilhantes do garoto.
- Eu vou tentar, ta bom? – Ela sorriu amarelo, enquanto pincelava o nariz do garoto, que sorriu meigamente. – Se eu conseguir, eu te levo pra tomarmos um sorvete, pode ser?
- E vai ser do sabor que eu quiser? – A mãe assentira; o sorriso em sua face aumentara. – E bem grandãozão, do jeito que eu quiser? – Ele dera alguns pulinhos, tamanho felicidade; a mulher sorria mais ainda. – Boa noite, mamãe! Dorme com os anjos, ta? – Ele sorriu, enquanto pedia a benção para a mãe.

Depois de colocá-lo na cama, ela desligou a luz do quarto do garoto e recostou a porta, indo diretamente para seu quarto, enquanto já tirava o casaco – um tanto quanto úmido, ainda – e jogava-o em qualquer lugar do quarto. Encaminhou-se até o banheiro e se despiu; minutos depois, a água já descia por toda a extensão do corpo. Enquanto o sabonete passeava por seus ombros e ela fazia na região, uma sutil massagem, ela sorriu.

Por mais que o seu dia fosse horrível, toda vez que a porta se abrisse e ela sentisse aquelas mãozinhas lhe envolveram a cintura e lhe regalando o mais belo sorriso, ela sentiria que todo o mal dia, valera apena.

@geysedmes

Amor infinito

   - Eu te amo, sabia? - ele perguntou, dando pinceladas no nariz dela, com a ponta do dedo cheia de chocolate derretido.
   - Ai! - gargalhou - Seu bobo. Eu também amo você. - ela estava tão risonha...
   - Por que você me ama, meu anjo? - ele atiçava-a sempre. Ela estava começando a acostumar-se com isso.
   - Hum... Deixe-me pensar... - ela colocou a mãozinha no queixo e olhou para cima, para o céu azulado e límpido daquela tarde na fazenda - Porque você é um bobo. Mas o meu bobo. - sorriu de canto, e o garoto fez uma cara de indignado, fez cócegas nela.
   - Então eu sou um bobo, não é? - ele saiu correndo fazenda a fora, só para que ela pudesse correr atrás. - Eu sou bobo não é minha princesa? - ele corria e gritava. Corria rumo à uma árvore, uma mangueira.
   - Para onde está correndo, meu príncipe? Vá mais devagar, me espera! - ela ria. Ria não, gargalhava. E corria atrás dele.
   - Verás! Só corre, vamos... - ele incentivava-a. Até que chegaram na tal mangueira.
   - O que é isto, amor? - ela arregalou os olhos assim que viu.
   - A nossa casa. A nossa casa da árvore. - ele abraçou-a pela cintura e deu-lhe um beijinho na testa.
   - Qu-quem a contruiu? É... Linda! - ela gaguejava, estava perplexa.
   - Eu - ele disse, orgulhoso.
   - Quando?
   - Sempre após que eu fazia meu anjo dormir. - ele sorriu - Vamos, entre.  Ou melhor, suba - riu.
   Ambos subiram. Como era em uma árvore, a casinha era pequenina. Tinha um fogão à lenha, uma cama, aliás, um colchão, um ''banheiro'', uma janela onde se via a fazenda por completo. Naquele momento, via-se um perfeito pôr-do-sol.
   - O que é isso? - ela reparou em uma pequena caixa ao lado do retrado dela. - A propósito, lindo pôr-do-sol que faz daqui de cima, não é?
   Antes de responder à pergunta da pequena, ele concordou sobre a questão da vista, abraçou-a por trás, e beijou-lhe o pescoço.
   - Abra. - ele sussurrou.
   - Abrir o quê?
   - A caixa.
   Ela abriu. Havia um pingente de ouro em formato de coração, escrito o nome dele.
   - O que é isso? - ela repetiu o questionamento.
   - Meu coração.
   - E por que está nesta caixa? E... ao lado da minha foto?
   - Por que ele pertence à você. Somente seu. - ele virou o coração ao contrário, do outro lado.
   - Para sempre - ambos falaram juntos.
   Ela retirou um colar de ouro do bolso, com o símbolo do infinito no centro, e deu para ele.
   - O que é? - era a vez dele de perguntar.
   - Eu não sabia o momento certo de lhe entregar. Acho que este é perfeito.
   - Me entregar o que? O colar?
   - Não é só um colar, é o meu infinito, o meu para sempre, toda a minha vida, agora é sua.
   - Para sempre?
   - Sim.
   Ambos sorriram, beijaram-se. Amaram-se para sempre.




@annamoud

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Promessas.

As lágrimas escorriam lentamente pelas bochechas levemente rosadas, e os soluços freqüentes faziam com que o pequeno corpo tremesse, e por segundos, ela chegou a pensar que suas pernas não mais poderiam sustentá-la.

- Você havia dito que não me deixaria. Caramba! Você havia prometido!
- Você, melhor do que ninguém, sabe que o nosso relacionamento não é mais como antes. Veja só o que nos tornamos: Dois estranhos.
- Mas nós ainda nos amamos... – Ela dissera, em um sussurro.
- Mas, nem sempre o amor é o suficiente. – Enquanto ele dizia, ela o mirava diretamente nos olhos; ele queria que ela sentisse a sinceridade em cada uma das palavras que saía de sua boca. – Eu te amo. Te amo de uma forma que você não é capaz de imaginar e sequer, entender. No entanto, nós não estamos felizes; não da forma que fomos um dia. E o que eu quero guardar da gente, são os momentos felizes e mágicos que passamos juntos. As noites de amor, os dias no parque... – A esta altura, ele também já tinha os olhos mareados. – As vezes, a gente tem que ir embora... Por que, por mais que doa, você sabe que aquilo é o melhor a ser feito. Tanto pra você, quanto para a outra pessoa. – Os olhos dela estavam hipnotizados pelos dele, e ela prestava atenção em cada palavrinha que ele dizia, e isso, de certa forma, a acalmara. – Eu te amo, te amo demais. E fazer isto está doendo. É quase como sentir uma espada lhe cravando o peito de uma forma lenta e dolorosa. – Pausa. – Mas acredite: Um dia você será capaz de entender o que me leva a fazer isso, e você verá que foi o melhor a ser feito.
- Por favor... – Ela dizia, em uma súplica para que ele não fizesse aquilo.
- Só não se esqueça que eu te amo, e que nada será capaz de mudar isso. Me desculpe mesmo, se isso não for a coisa certa a se fazer, mas eu só não quero me machucar, machucar você... – Ele lhe regalou um breve sorriso, enquanto ia até ela. O contato de olhares continuava intenso. – Eu amo você. – Ele repetia pela enésima vez; Ele não permitiria, jamais, que ela interpretasse mal as coisas. – Só me prometa uma coisa? – Ela ficara calada, e ele apenas sorrira de lado, prosseguindo no que dizia. – Me prometa que vai se cuidar... Que não vai beber demais nas comemorações de família; que não irá dormir sem agasalho nas noites de inverno; que não irá se entupir de chocolate enquanto vê um filme romântico na tevê, e chora, quando estiver de TPM... – Eles riram brevemente da observação dele. – Prometa-me que será feliz. – Ele disse, por fim.
- Eu prometo. – ela disse, antes de envolvê-lo em um abraço quase urgente. – Mas... Só se você me prometer uma coisa... – Ela desvencilhou do abraço, voltando a mirá-lo. – Prometa-me que não se esquecerá de tudo o que vivemos, o quanto fomos felizes, de tudo o que conseguimos juntos. Do amor que um dia compartilhamos. – E, mais uma vez, o choro tomava conta dela.
- Eu prometo. – Ele disse, em um fio de voz. O choro agora, se fazia mais forte dentro dele. – Se cuida. – Ele disse, antes de beijá-la a testa e logo depois, se afastar dela. – Eu amo você. – Ele repetira, quase em uma leitura labial, depois de mirá-la pela ultima vez e segundos depois, sair porta afora, para nunca mais voltar.

@geysedmes

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Just Friendship


            Um vento totalmente novo soprava meu coração, sem nenhum motivo, encorajando-me a arriscar. “Fale, desabafe”, ele sussurrava bem baixinho, quase num tom inaudível, no pé de meu ouvido. “Tenho medo, receio”, eu tentava pronunciar, contudo as palavras estagnaram-se em meu peito.
            - Que se passa meu amor¿ - ela falou assim que me viu. Era totalmente indizível a forma como ela me entendia.
            - Não sei, estou estranha, acho que...
            - Decepcionada, acertei¿ - ela falou e colocou a mão em meu queixo, encorajando-me a contar tudo.
            - Sim. – não suportei. Todas as malditas lágrimas sufocadas dentro de mim insistiram em rolar bochechas a baixo.
            - Não se preocupe meu bem, vai passar. Eu estou aqui, do seu lado. – eu deitei a cabeça em seu colo, chorando, e ela pôs-se a acariciar meus cabelos, como mamãe fazia antigamente.
            - Mas, e se... Não passar¿ - olhei para ela implorando para que ela fizesse aqui passar.
            - Passará meu amor, é só questão de tempo, ok¿
            - Ok. – e aos poucos, dormi.
            Ela, pacienciosa, ficou lá, acalmando-me, mesmo após meu cochilo. Acordei no sofá, com ela olhando-me fixamente.
            - Que horas são¿ Dormi muito¿
            - Você só dormiu o suficiente para que nossos cupcakes assassem.
            - Cupcakes¿ - minha boca salivou só de pronunciar o nome.
            - Dois. Um para você, e outro para mim.
            - Obrigada por estar sempre ao meu lado, em tudo, todas as ocasiões, mesmo que eu não fale tudo o que se passa comigo. Eu te amo muito!
           - "Não é necessário que meu melhor amigo saiba tudo de mim, só basta que ele me empreste os ombros e os ouvidos pra quando eu precisar". Eu te amo.










@annamoud

Páginas em branco.

O vento cantava em seu ouvido, de forma doce. As folhas das arvores balançavam, delicadamente, em um calmo toque. Ela sorria, tristemente, sentindo o ar frio – porém, não menos gostoso – tocar sua pele, arrepiando de leve os pêlos de seu corpo.
Ela suspirou, tristemente.
Ele fazia tanta falta; e parecia que a cada segundo sem senti-lo perto lhe parecia uma eternidade. Ela precisava de seus abraços, de seus beijos. Ela precisava, urgentemente, senti-lo dentro de si, a amando. Amando-a da forma selvagem e delicada que apenas ele sabia fazê-lo. No entanto, a distância, a profissão, a coragem dele, não lhes permitiam.
Ele estava longe; estava lutando por seu país, lutando pelas pessoas e suas vidas; e ela sabia que, dês do momento em que lhe dissera “sim” frente ao padre, no altar, ela concordara em dividir a gentileza, o amor e a coragem dele com todo o mundo. E mesmo que isso a causasse dor, ela sabia que sempre quando ele voltava, outra vez, para seus braços, tudo valia apena.
Ela ficou algum tempo frente a janela. Viu quando as nuvens começavam a escurecer, e depois, quando os primeiros pingos de chuva tocavam o vidro claro. Por fim, em um suspiro, ela se sentou no sofá, sentindo algumas lágrimas escorrerem por sua face. Saudades, malditas saudades que estavam a matando!
Alguns minutos – ou horas, ela não soube ao certo. – se passaram, e em meio ao silêncio da pequena casa, um som lá fora se fez estridente. Ela se sobressaltou, sentindo o coração já batendo mais acelerado. Correu até a janela e sorriu abertamente assim que o viu sair da camionete com a mochila nas costas.
Ela, com pressa, correu até a porta e abriu rapidamente, logo sentindo vento lhe acariciar a face. Quando ela saíra de dentro da casa, os pingos já caiam sobre ela, como agulhas afiadas. A chuva fria contrastava perfeitamente com o corpo quente dela, que estava rígido devido ao frio. Mas assim que o impacto do copo dele no dela acontecera, o frio parecia não existir. O calor do corpo dele lhe parecia um cobertor, aquecendo-a de forma terna, apesar de ainda sentir os pingos caindo por ambos os corpos.
Ficaram daquela forma durante longos minutos, até que ele, delicado, levou os dedos até o queixo dela, levantando a mirada dela, de forma que o contato de olhares se tornasse ainda mais intenso. Segundos depois, os lábios dele estavam sobre os dela; primeiro delicados selinhos, como se quisesse sentir o gosto doce dos lábios dela. Depois, o beijo tornou-se intenso e rápido; Ele sorria entre o beijo, e em um impulso, pegou-a no colo, subindo os poucos degraus que havia até a porta e adentrando a casa. Sentiu o ar familiar e sorriu ainda mais, quando a viu recostar a cabeça em seu peito. Ele beijou-a a testa e ela sorriu, sentindo-se plena. Estava outra vez nos braços dele!  
Ele a colocou no sofá, de forma terna, aconchegando–a ali, para que, logo em seguida, seu corpo tampasse o dela, e novamente, os beijos se tornassem rápidos e desejosos.
Ele não trocaram nenhuma palavra – e para ser sincera, as mesmas, não lhes fizeram falta. -, apenas se amaram. Amaram-se como se o amanhã não existisse. E, para eles, cada momento que tinham um ao lado do outro, era sagrado. Não perderiam um segundo, por que, para eles, mais do que para ninguém, o amanhã era uma folha em branco!

@geysedmes

Plaisir, dans le feu de vue

                O dia de sol escaldante dera lugar a um extremo calor naquela noite de verão.  Ele estava dentro de seu fusca anos setenta, reformado com bancos do mais puro e luxuoso couro, e tudo o que o dinheiro poderia reformar naquele carro, parecia novo, puro glamour.
                Ela chegou muito elegante, com um vestido longo de paetês, à La Valentino. Os cabelos castanhos claros estavam presos em um coque extremamente arrumado, nenhum fio fora do lugar. Seu pescoço branco carregava uma jóia de diamantes e esmeraldas, para combinar com o verde do vestido.
                O homem de terno italiano saiu do carro ao vê-la. Ela sorriu e ele pegou em sua delicada mão direita. Beijou-a como um verdadeiro cavalheiro, conduziu a moça para o carro, abriu a porta, e convidou-a a entrar. Ela entrou e aconchegou-se no banco não muito espaçoso.
                - Confortável¿ - ele perguntou delicado, arqueando a sobrancelha direita. Percebera o cenho confuso da mulher.
                - Sim. – ela respondeu, porém demorou a fazê-lo.
                Ele parou e mirou-a, no fundo dos olhos. Ela repetiu o feito, como um espelho.
                - Lindo vestido, ma belle. – ele era bom em francês, apesar de quase nunca utilizá-lo.
                - Je vous remercie, monsieur. – ela também não era das piores na língua.
                 - Será que a lingerie da senhorita é igualmente maravilhosa¿ - ele sorriu de canto, um sorriso sedutor que a fizera ter um ataque de riso, arreganhando os dentes brancos.
                - O senhorito anda muito... Safado ultimamente. – ela olhara-o , seduzindo, fazendo o moreno a sua frente excitar-se visivelmente.
                - Beijar a perfeição é ser safado¿ - ele disse, e riu, ela também. Momento perfeito para o bote. Beijara-a ferozmente, aproveitando o pouco espaço deixado entre eles devido ao mínimo espaço do fusquinha.
                Os lábios dele oscilaram entre os lábios pintados de vermelho vinho e o pescoço claríssimo da mulher.
                - Com licença, a dama em questão permite que minhas largas mãos retirem o colar de diamantes e esmeraldas do pescoço mais gostoso que já provei¿ - ele diz sério.
                - Claro, se o senhor em questão permitir que minhas finas e delicadas mãos possam retirar-lhe o paletó do terno italiano.
                - Pois bem, trato feito. – ele procura o fecho do colar e ela avança no paletó, apalpando os músculos do peitoral, seguindo para os ombros largos e escorregando para as costas.
                - Agora... se me concede a honra de tirar o corselet deste maravilhoso vestido, ficarei eternamente agradecido, ma princesse.
                - Então eu poderei admirar seu peitoral¿ - ela abriu os olhos brilhando de desejo, indicando que queria vê-lo nu assim como ele queria vê-la. Ele acentiu e ela pôs-se a fazê-lo, retirando a camisa social branca de dentro da calça. Desabotou-a e deixou esconstada nos pedais do freio, embragem e acelerador – Uau ! – disse, quase babando na visão do paraíso a seu alcance.
                - Uau ! – ele repetiu igual a ela, assim que tirou o corselet. Ela não usava sutiã devido ao imenso decote na parte de trás do modelo da roupa. Os seios eram convidativos, pequenos mas estruturalmente compatíveis ao corpo mignon. Ele não perdeu tempo e logo já estava mordiscando-os, arrancando uns pouquíssimos gemidos dela.
                Aos poucos, ele abria um a um dos fechos da saia longa, e ela retirava o resto da roupa de gala masculina. Ela chegou ao ponto de estar somente de calcinha nude, bem pequena, e ele, de cueca azul marinho, box com um desenho de dragão. Todas as peças de roupas estavam indo parar debaixo dos bancos. Os cabelos delas, a essa altura, já estavam totalmente bagunçado pelas mãos dele, e os lábios carnudos dele estavam manchados de vermelho e desejo por mais e mais prazer.
                -Bela cueca ! Adoro dragões. – ela mostrou uma tatuagem de dragão que possuía bem perto do cóquis.
                - Bela tatuagem ! – ele olhou e disse, com muito tesão. Sem perceber já estava viajando no corpo dela. – Não sei se a senhorita concordará comigo mas, aqui na frente é meio difícil de... Continuarmos, se é que me entende.
                Ela riu, contudo, concordou. Pularam, então, para o banco de trás. Na verdade não mudava muita coisa, todavia ajudava porque não havia um freio de mão e o controle da marcha para impedi-los.
                O homem estava cada vez mais visivelmente excitado, e ela gostava disso. Em poucos segundos ele já estava por cima dela, beijando todo o corpo branco ali presente. Passava os dedos delicadamente nas coxas torneadas e ela, sem perder um segundo de tempo começou a tirar a cueca do rapaz.
                -Então, já estamos neste ponto, my queen¿ Adorei. – e continuou a beijá-la, dando somente o espaço de tempo que era necessário para ela soltar um risinho de leve.
                As mãos dele foram aos poucos abaixando a calcinha pequenina da mulher. Ela o impediu por uns segundos, depois relaxou e seguiu.
                Ambos estavam nus, quando ela de repente para de beijá-lo.
                -O que foi¿ - ele franziu o cenho. – Está apertado aqui, não é¿ - ele estava um tanto quanto decepcionado.
                - Sim, está. – ela riu para descontrair. – Está apertado, mas, vá na fé, que dá certo, você sabe que estou amando isso aqui. – ele soltou uma gargalhada ao ouvir tal frase. Concordou com tudo, e continuou. Estava na hora do verdadeiro prazer.
                - Vá com calma, mon cher. Isso ainda... Me machuca. – ela disse baixinho, ao pé do ouvido dele, fazendo o corpo másculo arrepiar-se. Estava ligeiramente envergonhada por pedir tal coisa.
                - Claro, não se preocupe. Será... Lindo ! – ele prometeu, e cumpriu.
                Doeu um pouquinho aquele imenso e ereto órgão penetrar na fragilidade do corpo dela. Ele era experiente, sabia o que fazer, esperou um pouco e começou movimentos uniformes para dentro, cada vez mais fundo, cada vez mais excitante, estimulante, prazeroso, enlouquecedor.
                Ela gemia agora. Muito. Alto. Isso era música para os ouvidos dele, que acelerava o ritmo cada vez mais, até... Obter o maior prazer de todos, o ponto clímax de tudo !
                -Isso foi incrível, reine. Gostou¿ - ele disse, sem retirar o órgão de dentro dela, e apertava-a pela cintura, enquanto ela estava de olhos fechados, beijando-o por inteiro, onde dava, cada parte do corpo dele.
                - Foi incroyable, meu gato. Adorei cada segundo, apesar...
                -Do aperto. Eu sei. Isso contribuiu para o nosso momento. – ele ri, ela também, os dois em completo estado de êxtase.
                Olharam o relógio do carro. Marcava exatamente 23 :00.
                -A première ! – ela grita, desesperada.
                -Nossa première foi aqui. Não se preocupe. – e ficaram lá.












@annamoud