quarta-feira, 6 de julho de 2011

Plaisir, dans le feu de vue

                O dia de sol escaldante dera lugar a um extremo calor naquela noite de verão.  Ele estava dentro de seu fusca anos setenta, reformado com bancos do mais puro e luxuoso couro, e tudo o que o dinheiro poderia reformar naquele carro, parecia novo, puro glamour.
                Ela chegou muito elegante, com um vestido longo de paetês, à La Valentino. Os cabelos castanhos claros estavam presos em um coque extremamente arrumado, nenhum fio fora do lugar. Seu pescoço branco carregava uma jóia de diamantes e esmeraldas, para combinar com o verde do vestido.
                O homem de terno italiano saiu do carro ao vê-la. Ela sorriu e ele pegou em sua delicada mão direita. Beijou-a como um verdadeiro cavalheiro, conduziu a moça para o carro, abriu a porta, e convidou-a a entrar. Ela entrou e aconchegou-se no banco não muito espaçoso.
                - Confortável¿ - ele perguntou delicado, arqueando a sobrancelha direita. Percebera o cenho confuso da mulher.
                - Sim. – ela respondeu, porém demorou a fazê-lo.
                Ele parou e mirou-a, no fundo dos olhos. Ela repetiu o feito, como um espelho.
                - Lindo vestido, ma belle. – ele era bom em francês, apesar de quase nunca utilizá-lo.
                - Je vous remercie, monsieur. – ela também não era das piores na língua.
                 - Será que a lingerie da senhorita é igualmente maravilhosa¿ - ele sorriu de canto, um sorriso sedutor que a fizera ter um ataque de riso, arreganhando os dentes brancos.
                - O senhorito anda muito... Safado ultimamente. – ela olhara-o , seduzindo, fazendo o moreno a sua frente excitar-se visivelmente.
                - Beijar a perfeição é ser safado¿ - ele disse, e riu, ela também. Momento perfeito para o bote. Beijara-a ferozmente, aproveitando o pouco espaço deixado entre eles devido ao mínimo espaço do fusquinha.
                Os lábios dele oscilaram entre os lábios pintados de vermelho vinho e o pescoço claríssimo da mulher.
                - Com licença, a dama em questão permite que minhas largas mãos retirem o colar de diamantes e esmeraldas do pescoço mais gostoso que já provei¿ - ele diz sério.
                - Claro, se o senhor em questão permitir que minhas finas e delicadas mãos possam retirar-lhe o paletó do terno italiano.
                - Pois bem, trato feito. – ele procura o fecho do colar e ela avança no paletó, apalpando os músculos do peitoral, seguindo para os ombros largos e escorregando para as costas.
                - Agora... se me concede a honra de tirar o corselet deste maravilhoso vestido, ficarei eternamente agradecido, ma princesse.
                - Então eu poderei admirar seu peitoral¿ - ela abriu os olhos brilhando de desejo, indicando que queria vê-lo nu assim como ele queria vê-la. Ele acentiu e ela pôs-se a fazê-lo, retirando a camisa social branca de dentro da calça. Desabotou-a e deixou esconstada nos pedais do freio, embragem e acelerador – Uau ! – disse, quase babando na visão do paraíso a seu alcance.
                - Uau ! – ele repetiu igual a ela, assim que tirou o corselet. Ela não usava sutiã devido ao imenso decote na parte de trás do modelo da roupa. Os seios eram convidativos, pequenos mas estruturalmente compatíveis ao corpo mignon. Ele não perdeu tempo e logo já estava mordiscando-os, arrancando uns pouquíssimos gemidos dela.
                Aos poucos, ele abria um a um dos fechos da saia longa, e ela retirava o resto da roupa de gala masculina. Ela chegou ao ponto de estar somente de calcinha nude, bem pequena, e ele, de cueca azul marinho, box com um desenho de dragão. Todas as peças de roupas estavam indo parar debaixo dos bancos. Os cabelos delas, a essa altura, já estavam totalmente bagunçado pelas mãos dele, e os lábios carnudos dele estavam manchados de vermelho e desejo por mais e mais prazer.
                -Bela cueca ! Adoro dragões. – ela mostrou uma tatuagem de dragão que possuía bem perto do cóquis.
                - Bela tatuagem ! – ele olhou e disse, com muito tesão. Sem perceber já estava viajando no corpo dela. – Não sei se a senhorita concordará comigo mas, aqui na frente é meio difícil de... Continuarmos, se é que me entende.
                Ela riu, contudo, concordou. Pularam, então, para o banco de trás. Na verdade não mudava muita coisa, todavia ajudava porque não havia um freio de mão e o controle da marcha para impedi-los.
                O homem estava cada vez mais visivelmente excitado, e ela gostava disso. Em poucos segundos ele já estava por cima dela, beijando todo o corpo branco ali presente. Passava os dedos delicadamente nas coxas torneadas e ela, sem perder um segundo de tempo começou a tirar a cueca do rapaz.
                -Então, já estamos neste ponto, my queen¿ Adorei. – e continuou a beijá-la, dando somente o espaço de tempo que era necessário para ela soltar um risinho de leve.
                As mãos dele foram aos poucos abaixando a calcinha pequenina da mulher. Ela o impediu por uns segundos, depois relaxou e seguiu.
                Ambos estavam nus, quando ela de repente para de beijá-lo.
                -O que foi¿ - ele franziu o cenho. – Está apertado aqui, não é¿ - ele estava um tanto quanto decepcionado.
                - Sim, está. – ela riu para descontrair. – Está apertado, mas, vá na fé, que dá certo, você sabe que estou amando isso aqui. – ele soltou uma gargalhada ao ouvir tal frase. Concordou com tudo, e continuou. Estava na hora do verdadeiro prazer.
                - Vá com calma, mon cher. Isso ainda... Me machuca. – ela disse baixinho, ao pé do ouvido dele, fazendo o corpo másculo arrepiar-se. Estava ligeiramente envergonhada por pedir tal coisa.
                - Claro, não se preocupe. Será... Lindo ! – ele prometeu, e cumpriu.
                Doeu um pouquinho aquele imenso e ereto órgão penetrar na fragilidade do corpo dela. Ele era experiente, sabia o que fazer, esperou um pouco e começou movimentos uniformes para dentro, cada vez mais fundo, cada vez mais excitante, estimulante, prazeroso, enlouquecedor.
                Ela gemia agora. Muito. Alto. Isso era música para os ouvidos dele, que acelerava o ritmo cada vez mais, até... Obter o maior prazer de todos, o ponto clímax de tudo !
                -Isso foi incrível, reine. Gostou¿ - ele disse, sem retirar o órgão de dentro dela, e apertava-a pela cintura, enquanto ela estava de olhos fechados, beijando-o por inteiro, onde dava, cada parte do corpo dele.
                - Foi incroyable, meu gato. Adorei cada segundo, apesar...
                -Do aperto. Eu sei. Isso contribuiu para o nosso momento. – ele ri, ela também, os dois em completo estado de êxtase.
                Olharam o relógio do carro. Marcava exatamente 23 :00.
                -A première ! – ela grita, desesperada.
                -Nossa première foi aqui. Não se preocupe. – e ficaram lá.












@annamoud

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