segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ela queria gritar. Ela queria poder matar o que estava a matando. Ela queria extravasar. Ela queria se libertar. Ela sentia vontade de correr, de pular. Ela queria poder voltar a sentir seu coração bombeando sangue outra vez. Ela queria tanta coisa, e muito pouco ela conseguia; então ela escrevia.
Ela se colocava frente a uma folha de papel e em segundos, a caneta dava forma a letra fina e bem desenhada. O olhar estava concentrado, assim como a mente que não ousava vagar por outros horizontes.
Sua dor e angustia eram expressas com facilidade e, quando ela pôde perceber, as lágrimas já se faziam presentes na branca folha de papel, como pequenas possas d’água; um sorriso tristonho fez menção em habitar sua face por um tempo, no entanto, ela tratou de logo voltar a escrever; se libertando a cada palavra.
Eram tantas coisas a serem ditas, e ela sabia que nem um terço do que ela escrevia ali, seria o suficiente; mas ela se contentava, mesmo que temporariamente.
Ela queria sentir o ar adentrar seus pulmões com leveza; ela queria sentir-se bem, mesmo que por segundos. E ela conseguia!
Eram breves momentos, poucas palavras e ela se libertava!
Ela escrevia, ela falava, ela expressava, ela vivia.









Ps: Dando devidos créditos à autora Geyse Lorraine ( minha famosa biscaate).

5 comentários: