terça-feira, 31 de maio de 2011

Um brinde à felicidade

   Os cabelos castanho avermelhados estavam presos em um coque parisiense, as mãos brincavam com a água quente da banheira, o corpo estava relaxado, aconchegante nas altas temperaturas. Os olhos verdes e espertos acompanhavam o movimento de vai e vem na água.
   A mente vagava por horizontes distantes, completamente andarilhos na cabeça dela. Distraída, perdida em si, não percebeu quando a porta do banheiro se abre e então cabelos curtos, lisos e escuros, um corpo moreno e frio, olhos castanhos e respiração baixa adentram no box.
   Quando o vê, não se assusta, apenas sorri com os dentes brancos quase desaparecendo da face e continua a mexer na água. Abaixou o olhar penetrante, convidando o indivíduo para tomar banho junto com ela. ele retribuiu o sorriso, foi tirando as peças de roupa e senta frente a ela. A banheira era grande, deveria caber umas quatro pessoas ali, contudo só havia os dois.
   Ainda não conversavam. O corpo do homem trazia consigo um pouco do frio de lá fora. As mãos dele faziam movimentos circulares na água com espuma. Ela ri descontroladamente. Baixo e tímido, porém prende a atenção do rapaz.
   De repente param. Na verdade foi aos poucos, mas pararam de rir. Ele sai de onde estava e senta-se ao lado dela. As mãos largas e macias fazem um carinho nas bochechas, fazendo-a sorrir. As mãos finas e macias dela são levadas à nuca dele, e carinhos nos cabelos curtos são feitos.
   O momento é aproeitado e eles se beijam verozmente. O corpo dele sobe no dela, penetrando o mais profundo e prazeroso que podia. Movimentos calmos e delicados são realizados por ele enquanto ela arranha as costas nuas, e agora que estavam fora d'água, geladas. os resquícios de água nos dedos da mulher esquentavam a pele.
   O ritmo é acelerado dvagarosamente. Os gemidos baixos, quase despercebidos estimulam os corpos a continuarem em busca do verdadeiro prazer. Ela não concentrava-se nos lábios dele, ela ia do pescoço ao peitoral, delicada e sensual. Isso fazia com que ele penetrasse cada vez mais e mais acelerado.
    Aquilo cansava. Pararam por um tempo, riram um pouquinho. acariciavam a epiderme nua do outro, recuperaram as energias e retomaram a situação.
    Entretanto, o ritmo era diferente: totalmente acelerado e totalmente prazeroso. Agora o corpo dela encontra o dele, encaixa-se no dele, na verdade, ela senta no corpo definido. Os cabelos presos dela facilitaram a situação, por ser uma dançarina profissional, seus quadris realizavam movimentos para frente e para trás numa rapidez e numa facilidade inacreditável. Os quadris dele acompanhavam os dela, fazendo com que ele chegasse ao máximo que podia. Ela também chegou onde era possível.
   Os acontecimentos estimulavam cada vez mais, e os gemidos baixos - quase inaudiveis - era música para os ouvidos de ambos. Ela fecha os olhos, concentrando-se ali. Os dele já estavam dessa maneira há um tempo.
   Aos poucos, foram parando. Realemente duas vezes seguidas deixavam qualquer um exausto. Eles pegam os sabonetes de lavanda e terminam o banho. Saem da banheira, pegam as toalhas brancas e enxugam-se. Olham um para o outro e sorriem, como se dissessem que aquilo foi incrível. Ele a agarra pela cintura, beija-lhe com selvageria, porém de uma forma que ela gostava.
   Ele veste a roupa. Minto, somente deu-se o trabalho de vestir a cueca azul. Ela também não vestiu muitas peças, somente o sutiã preto e uma calcinha pequena de rendas. Saem abraçados do banheiro que ficava dentro do quarto. Saíram abraçados, e rindo um pouco.
   Deitaram na cama de casal coberta por lençóis egípcios na cor champagnhe. Olharam-se uma última vez e dormiram.

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