quinta-feira, 5 de maio de 2011

Veneno

   Minha necessidade de escrever era tão gigante que talvez sobre até o crescimento de uma planta eu escreveria. E realmente deveria discorrer sobre este assunto bem banal para as pessoas (interessantíssimo para mim), contudo, mais uma vez minhas mãos obedeceram minha mente fraca e novamente escrevo sobre amor.
   Amor? Não creio que este ainda exista atualmente e também acho que não seria esse sentimento que mora comigo no momento. Classificaría-lo como atração ou como dizem " o amigo que a gente beija", enfim...
   Sinceramente acho bonto o amor verdadeiro, sincero, como se as duas pessoas fossem metades que se completam perfeitamente. Também gosto muito daquela história grega onde "Zeus criou um ser de duas cabeças, quatro braços e quatro pernas, muito poderoso. Porém temendo tamanho poder, separou as cabeças, braços e pernas condenando-o a achar sua metade".
   Desde então passo a pensar sobre o encontro dessas duas metades. Deve ser algo lindamente estranho encontrar sua metaade, alguém que, mesmo que não demonstre ou fale às vezes, gosta de você.
   Pura tolice. Ao menos para mim, que nunca achei minha outra cabeça, minhas outras pernas e outros braços. Quisera eu encontrá-los, cansei da solidão.
   Mas por que mesmo estou escrevendo este texto? Contar o tanto que acho lindo um casal apaixonado? Falar que me interesso por histórias gregas ( provavelmente outros(as) gostarão )?Confessar que tenho um amigo? Discorrer sobre minha falta do que escrever? Não sei....
   Realmente acho que escrevi tudo isso à toa mesmo. Não estou muito bem hoje, acordei com uma vontade imensa de criticar a sociedade ao meu redor. Como escorrer e destilar veneno é algo muito feio, paro por aqui, achando que um dia encontrarei o resto do meu 'ser poderoso'.

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