- Não! Não paro! Você tem que confiar em mim! – ele dizia igualmente alarmado, pois sentia que a estava perdendo.
- Você sabe que está me perdendo, não sabe? Você sabe que suas mentiras estão me machucando, então, pare! – seu tom de voz se altera, a garota passa a ser agressiva e as lágrimas vão diminuindo.
- Eu não sei mentir quando estou perto de você – por um segundo ele prendeu o choro – Me dê um motivo no mínimo aceitável para que eu faça tamanha burrice.
- Um motivo? – pausa, ela pensa – Homens iludem, mentem, machucam, magoam. Você é homem, não é diferente.
Ele então se aproxima dela e beija-a da forma mais doce e bela que podia. Envolveu a cintura fina da amiga, indicando que não a deixaria sair dali.
O beijo terminou e ele a olha nos olhos. Não quis dizer nada, esperou que a pequena se pronunciasse.
- Por que fez isso? – ao dizer, ela se afasta um pouco dele, retirando-lhe os braços da nuca.
- Gosto de você, da sua amizade... – ele desvia o olhar.
- Amigos, então? - ela, sempre provocante.
- Queria algo mais? Você sabe que é muito perigoso para nós. – ele responde a altura.
- Não, assim está bom, amigos. – ela se convencera da veracidade do amigo – Você é aquele tipo de amigo que eu permito o toque. – sorri de leve e desvia o olhar.
Ele a abraçou, só isso, não fez mais nada. O toque mais necessário naquele momento era este: o abraço. Olhou-a no mais profundo de seus olhos e abraçou-a novamente. Não deixou-a ir embora de seus braços.
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