-Acompanha-me? - disse clarice, estendendo a mão direita para que Marcos pudesse acompanhá-la pela casa vazia.
- Claro! - disse ele entusiasmado, levantando-se do sofá.
Ambos saíram de mãos dadas da sala no primeiro andar e subiram para o enorme quarto no segundo piso. Um quarto rústico, com móveis antigos e resistentes, de uma madeira escura, disposta calculadamente pelas paredes ao redor da cama queen.
- Como é lindo! - Marcos elogiava a nova casa, a casa que eles construíram para quando casarem.
- É linda porque nós a construímos. Chocolate quente? - Clarice disse sem se importar muito. Marcos deu de ombros, sentou na cama e estendeu a mão para pegar a xícara branca.
O casal estava apenas com peças íntimas de uma marca francesa qualquer. Após tomarem a bebida quase fervendo, olharam um para o outro como se nada mais importasse.
Clarice apoia as costas na cabiceira de madeira desenhada, e dobra a perna esquerda para mexer nos babadinhos brancos da lingerie. Marcos não resistiu àquela coxa morena clara que lhe roçava a perna direita. Tocou-lhe a coxa da esposa e depois foi para os lacinhos do sutiã.
Ele abriu o sutiã tão delicadamente que parecia tocar em nuvens de algodão. Ela, por sua vez, arranhou-lhe carinhosamente a pele branca que formava seu abdômem.
- Você me ama ? - ela franziu o cenho quando soltou a pergunta para seu marido e logo em seguida acarinhou-lhe a coxa estupidamente clara.
Marcos não respondeu, beijou a testa dela e colocou a mão sob o abdômem da mesma, subindo aos seios e voltando para a cintura. Ela parecia seu espelho, fazendo os mesmos movimentos, mas de uma maneira suave.
- Você me ama? - ela repetiu a pergunta, um pouco incomodada com o silêncio dele. - Por que você não me responde?
- Sim, eu te amo. - ele disse de um modo tão ríspido que a fez parar por um instante, ele nunca falara com ela dessa forma.
Os olhos da pequena enxeram-se de lágrimas. Foi quando ele a abraçou.
- Às vezes perguntamos coisas ou pedimos para as pessoas dizerem coisas que não vale a pena dizer, e sim sentir, e o que eu sinto por você não é amor, é bem maior, ainda não inventaram um nome para isso.
Clarice aconhegou-se mais nos braços dele, e chorou, não se conteve, chorou até soluçar. Agora ela havia sentido que ele amava, e ele não precisava dizer isso a ela, porque ele sentia.
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