segunda-feira, 4 de abril de 2011

Overdose, é pura overdose

   Uma terrível depressão afligia-me a mente semi-aberta, semi-dopada com uma plena overdose de angústia intermitente. Era algo momentâneo, todavia este momento pareciainacabável, considerando o contexto de rapidez que eu precisava.
   Havia algo em mim que necessitava de apenas uma porta aberta, ou qualquer brexa pela qual pudesse passar. Não somente e simplesmente passar, era melhor que descarregassem  essa energia ruim, a preocupação do vir ou não.
    Era estranho pensar em duas pessoas que jamais poderiam encaixar-se em um mesmo plano. Era, no mínimo incabível, aceitar ou corresponder à carícias trocadas sem um básico de desejo.
    Muito pior era ansiar por aquilo, a tal ponto de minha overdose atacar novamente. Chega! Eu tinha que parar com toda aquela hierarquia de "não-sentimentos", mas que sentíamos algo quando nos era dada a condição certa.
    Parei. De repente parei. Repentinamente parei. Só parei com isso. Se ele veio? Não importa, eu não me preocupo em vê-lo para mim ali. Não o quero mais assim, de pronta entrega com prazo de validade tal qual um produto.
    Queria mais, muito mais. Queria mais liberdade, mais saudade, mais amor, mais confiança, menos medo. Pensando bem, eu o queria sim, se o meu tempo pra amanhã coube-lo, que seja. Que seja doce, que seja bom, que seja puro, mas que valha a pena.

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