sábado, 26 de março de 2011

Por mais que seja sonho

Por mais que eu tentasse desviar o olhar ou sentir-me triste, ele não me deixava sentir assim. Ele olhava para mim, abraçava-me e dizia que tudo ia ficar bem, que tudo ia dar certo, mesmo quando eu sabia que não daria certo.
Eu não sabia se ele era apaixonado por mim, ou se ao menos gostava de minha presença. Contudo, algo era certeiro: sempre que estávamos juntos, algo mágico acontecia conosco.  Era como se o mundo estivesse a nosso favor, e tudo parava para nós.
Depois... Era só depois, não havia um programa o qual seguíamos, não sabíamos o que fazer. Simplesmente nos olhávamos, com aquela cara de quem pede um beijo, um beijo de despedida, porque tínhamos, infelizmente, que ir embora.
E esse era o beijo mais especial. Este era aquele tipo de sedução onde ele envolvia-me pela cintura, e beijava-me ferozmente, para deixar algo dele comigo.  E ele sempre conseguia deixar a marca mais pura e bela que podia existir.
Nós podíamos pensar que talvez o mundo fosse realmente com conosco, ou eu podia pensar que ele realmente gostava de mim... Mas havia algo no fundo, que me dizia não, que eu não podia acreditar nisso porque era bom suficientemente para ser falso.
Todavia eu pensava que esta oportunidade era única, portanto, eu aproveitava cada segundo ao lado dele. E ele aproveitava cada tempo ao meu lado. Nós nos completávamos de uma forma singular tão boba, que para nós, e para o resto do mundo, era banal.
A partir daí, a partir de onde começavam os beijos dados com fervor em meus lábios, com carinho em minha testa, com cuidado em meus ombros e o beijo que não era dado com os lábios dele, e sim com os olhos mirando-me com desejo, eu começava a escutar uma voz:
- Querida, acorde, hora de levantar.

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