segunda-feira, 21 de março de 2011

Vírus da era glacial do século XXI

   É exatamente assim um coração, como um bolo de chocolate.
   Ele começa sempre inteiro, inocente, bobo e feliz. Com o tempo, você cresce, vê todas as coisas passarem diante de seus olhos, e vai deixando a inocência, a bobice, e parte da felicidade de lado, e então, aos poucos, vão tirando pedaços, fatias generosas de seu coração, até que não sobra mais nada dele, e todos começam a dizer que você é uma pessoa fria.
   Você não é frio(a) caro(a) colega. Você, infelizmente, deixou de ser uma criança, para tornar-se um adulto com o coração a menos.
   Pergunte-se agora se este coração lhe faz falta, porque, ao meu ver, ninguém sente falta dele. Todos desgastaram-o tanto que hoje lhe julgam por você obter total controle sobre seus sentimentos, e os outros (a massa que não consegue fazer o mesmo, ou que não teve este mesmo processo de "formação sentimental") sentem inveja de tal controle.
   Inveja sim, pois os pobres mortais seres sujeitos aos sentimentos banais e tolos não conseguem manipular um choro desnecessário, ou um grito inconsequente e precisam de colo, vulgo "ombro amigo" para desencargo de consiência.
   Nós, os tidos como "frios(as)" somos quase um espécie em estinção, e não devemos reprimir a maioria dos "quentes" (?). Pelo contrário, vamos multiplicar a espécie, vamos contaminar a população com esse "vírus da era glacial do século XXI"
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário