segunda-feira, 21 de março de 2011

Flores congeladas

   De vez em quando as palavras machucam, disso todos sabem. Mas há maneiras particulares de se sentir a dor. Há lágrimas mais doloridas, e que com o tempo, só doem mais. Há outras que doem insuportavelmente de início, mas depois…  depois simplesmente deixam de existir.
E com o desenrolar dos dias, das horas, aquele coração bobo, “mole”, vai desaparecendo, assim como o sol aos finais dos dias e ao finais dos verões. Ah, os verões…
   Realmente é incrível como o verão está propício ao sofrimento. São suas férias escolares, do trabalho; e esteja você onde estiver, sempre encontrará aquela pessoa que fará a diferença no seu verão. Você, de coração, quererá esta pessoa não só pelo verão, mas então será complicado demais a estadia de vocês fora desta época do ano.
E as lágrimas - aquelas citadas agora pouco - chegam. E você derremará-las por uma pessoa idiota qualquer que nem se quer liga quando você está triste, ou precisando de colo.
   Daí passa o verão, você não esquece o tal indivíduo… vem o outono, e nada…e no íntimo aquele desejo fulminante de querer de volta, voltar ao passado e reviver tudo… no inverno vocês se vêem novamente, e então nada foi realmente esquecido, ao menos para você.
   Porém o inverno está incrivelmente proprício ao esquecimento, por o gelo do clima, aquela neve de alguns lugares, e seus queixos batendo fazem o seu coração esfriar, e ele esfria, e lhe chamam de sem coração.Você não é sem coração, apenas soube como edcucá-lo à sua maneira para disparar na hora certa, pois no fundo, até o pior dos terroristas tem sentimentos.
   Terminado o inverno, chega a delicada primavera. Aquelas flores lindas mas que com o passar da estação, voltam a enfeiar-se por completo. E o mesmo ocorrerá ao seu coração, ao seu amor de verão… E você sempre esperará pelo próximo verão, para descobrir quem será a nova flor da sua primavera.

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