Os olhos sofridos e sonolentos imploravam por alguns minutinhos de sono. A madrugada estava gélida, desconfortável, e não muito aconchegante para ela que se encontrava no quarto mal iluminado pelo alto poste da rua.
A garota revirava-se na cama de solteiro, entretanto os bons ou maus sonhos não chegavam, pareciam repeli-la. À essa altura, o corpo ficava acada vez mais fraco, a respiração era difícil e a sua mente não sabia o motivo de tamanho desconforto.
Talvez a grande soubesse e não quisesse lembrar-se disso, afial, sua estrutura corpórea pedia socorro, um socorro urgente.
Durante o período noturno inteiro, sofrera fisicamente. Cansou-se demasiadamente, levantou-se da cama desarrumada, foi ao banheiro e mirou-se no espelho.
Seu reflexo se tornou medonho, a aparência fraca e frágil se dava peos ossos à mostra, a mgreza, as olheiras, o processo respiratório visivelmente sobrecarregado e o coração saltava-lhe no peito, sendo visível a qualquer um.
Voltou para o cômodo lilás e off white. Deitou-se no móvel branco com os panos beges cobrindo o colchão. Colocou a mão esquerda na testa e a direita sob o peito. Apertou-o de modo a deixar a dor de lado quando o ar adentrasse os pulmões.
Com o arrastar dos minutos, os gases atmosféricos necessários ao corpo humano demoravam mais e mais para entrar, provavelmente o nó em sua garganta impediam a passagem deles.
Tudo estava mais complicado agora. Todos os processos básicos do corpo. A solidão na enorme casa não ajudou-a a se recuperar. Foi embora antes de realmente viver.
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