segunda-feira, 16 de julho de 2012

Whatever

   Por tantas e tantas vezes voC~e se sente tão... Nada. Os olhares não mais lhes pertence, os sorrisos fáceis se tornaram raros. Não se preocupe, isso é sinal de que você cresceu. E muito.
   Todavia é tão inevitável sentir aquele enjoo quando se percebe que não há mais nada para você. Nada. Agora, além dos olhares e sorrisos, todo o resto se perdeu: o carinho, a atenção, o respeito, a admiração, o aconchego que só era encontrado ali.
   Pobre menina. Tão moça e já tão perdida. O olhar trsitoho, a postura cabisbaixa, o entrelaçar dos dedos, a taquicardia que indicava a ansiedade que pedia remédio diário e caro.
   Ora, o tempo não era aliado. Não curava o mal que o remédio tentava amenizar. Coitada da menina. Tão jovem e já sofria tanto, As lágrimas já desciam em carreiras e não mais de par em par como antigamente.
   Ah! Que saudosa infância! Quãod doce era a perfeita inocência que a mantinha imune do terrível mundo. Por que diabos fora crescer? Por quê? Por que raios ela não poderia continuar criança e achar tudo tão lindo e feliz?
   Mais uma vez, o tempo é o vilão da história. Ele teimava em fazê-la mulher bem depressa. A pobre coitada mal piscava os olhos e todos os dias era menos feliz, mais adulta e aos poucos começou a reparar os enormes estragos que o crescimento lhe fazia.
   Droga. Merda. Toda oportunidade para xingamento era bem vinda e bem aproveitada. Mas mesmo assi, droga, merda, ela crescera. Já não era mais a pequena da família, e agora, sofria com a falta que o amor lhe fazia.













@annamoud

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