terça-feira, 25 de outubro de 2011

Instinto.


A ferocidade tomou conta dela de maneira imediata. A principio, o rosnado escapara baixo, porém, rapidamente se tornara quase ensurdecedor.
Quando, em uma quase explosão, um som forte tomou conta da enorme floresta, o rosnado do animal, em menos de segundo, fez-se um choro silencioso e dolorido.
O corpo do filhote, a frente, estava imóvel. Sem vida.
Porém, em um ato de desespero, quando o instinto prevalecera, em meio a tristeza, ela explodiu, veloz.
O caçador que levava nas mãos uma arma, pôs-se a correr, totalmente em desespero; mas apesar deu seus passos largos, aquilo não fora suficiente para que a velocidade da mãe onça fosse capaz de lhe vencer. Coitado! Ele ainda se debateu, gritou... Mas não adiantou! Tempos depois ele era dilacerado por uma dor inexplicável. Cada parte do seu corpo sendo mordida, cortada. O animal o machucava sem dó alguma. Sem sentimento algum. Ela fazia da mesmo forma a qual ele havia feito quando matou seu filhote. Certo tipo de ódio e vingança misturadas a tristeza de uma mãe.
Ela sabia que aquilo não poderia lhe trazer seu pequeno filhote de volta, mas aquilo tiraria do homem, o direito de achar que poderia tirar a vida de qualquer outro animal.    

@geysedmes

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