terça-feira, 13 de setembro de 2011

Say.

Era uma tarde de inverno. O vento atiçava as folhas nas copas das arvores, enquanto o sol se via totalmente atrás das nuvens, e por aquele momento, parecia confortável ali.
Não poderia haver cenário melhor que aquele para se aconchegar por entre as cobertas nos braços de quem se ama.
Mas para aqueles dois amantes, as coisas não estavam assim tão fáceis e deleitosas.

— Você não pode ir assim! — Ele corria atrás dela, pelo corredor, apressadamente.
— Tanto posso, quanto vou! — Ela disse decidida, enquanto carregava, com pouca
dificuldade, uma pequena mala nos braços, ao descer a escada.
— Hey, está anoitecendo... Por Deus! Espere até amanhã; temos que conversar com calma.
— Conversar?! — ela o olhou, o olhar tinha um ar irônico. — Não temos nada a conversar. Nosso casamento acabou! — ela dizia, agora, já frente a porta, prestes a sair.

No entanto, ele não deixaria as coisas daquela maneira. Ele a amava demais para simplesmente aceitar aquele auto fracasso.
Então, ela apenas pôde vê-lo praticamente arremessá-la para a porta, colando seu corpo ao dela, impedindo-a de qualquer movimento; Ela estava sendo abrigada a mirá-lo, aquela altura.

— Diga que não me ama, e eu lhe deixo ir. — Ela permanecera calada; e El sabia que ela não o diria. — Diga que não me ama quando lhe toco... — Ele levou uma das mãos a coxa esquerda dela, descoberta pelo shorts que ela usava. — Diga que não em ama quando lhe beijo... — Os lábios dele tocaram, urgentes, os dela; em uma vontade urgente de sentir-lhe o doce gosto dos lábios. — Diga que não me ama quando — Ele levou os lábios aos pés do ouvido dela. — Sussurro aos pés do teu ouvido... Diga... Diga! Diga que não ama quando fazemos amor!

Porém, antes que ela desse por si, os lábios finos e doces dela, sôfregos, procurava abrigo em meio aos lábios dele, O toque dos lábios, aquela altura, poderia ser, facilmente classificado como intensas trocas de energia. Energia essa, que percorria o corpo de ambos, aquecendo-os instantaneamente.
E, diante a tudo aquilo, as mãos falaram por si, atônitas; percorrendo os corpos, sem destino certo ou parada; até que, tempos depois, em uma explosão de paixão, se amaram outra vez. Ali mesmo, em pé, recostados a porta da sala. De modo que, depois, não houvera forças nem, sequer, motivos para ir embora.  

@geysedmes     

2 comentários:

  1. Ual! Muuuito bom! Parabéns...
    Arrasou garota!! = D
    Beiiijos
    --> Thamires

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  2. Ei adorei o texto, ficou excelente, parabéns Geise, eu adoro ler os texto que vc escreve sou sua fã , beijos =D.Bye.

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