terça-feira, 2 de abril de 2013

Mais de Amor.


Ela tentava. Forçava-se a montar uma teoria suficientemente convincente para aquele tipo de comportamento, mas falhava. Sempre falhava.
Não conseguia lidar com tudo aquilo. Como poderia se sentir confortável diante àquele vazio extremamente cheio de nada? Não havia nada que lhe acrescentasse, que lhe adicionasse à vida uma pouco mais de experiência, vivência... Amor.  
Deus! Ela só queria um pouco de sentimentos.
Mas parecia pedir demais mediante à maneira que as pessoas se portam hoje em dia. Não se preocupam com nada além do fato de querer beijar; ficar com um ou com outro, mas não ter ninguém junto de ti; verdadeiramente ao seu lado por você e pra você.
A todo o momento existem garotos que se entregam à essa maneira de vida; existem através desse vazio, e se esquecem de viver o preenchimento. Se esquecem de viver aquilo que é válido; o que é importante e essencial. Se esquecem de viver... De existir, de construir-se.  
Por que não deve haver no mundo sentimento melhor do que se sentir cheia. Cheia de amor, de carinho, de cuidado; e até mesmo de eventuais dores. Por que não?! Até mesmo a dor é um preenchimento, a forma de dizer que você é humano, que você existe, que você vive; que você sente.
Por qual razão alguém (Deus) teria criado qualquer coisa que, no entanto, não funcionava? Não é assim. Isso não é o que ele chama de vida; isso é vazio. É nada.  
Ela só queria um pouco mais de amor.
Queria ser preenchida, como uma lembrança de uma razão pra acreditar que a vida estava ali para ser vivida; e não desperdiçada no nada, em corações vazios.
E talvez assim, ela pudesse se encontrar no mundo, ou talvez o mundo se encontrasse dentro dela. O amor.    

@Geysedmes

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