Durante um certo tempo de sua história, chineses dedicaram- se à construção de uma das sete maravilhas do mundo: sua famosa Muralha. No passado, ela serviu para impedir que pessoas de outros povos pudessem adentrar a nação.
Na humanidade, desde que o mundo é mundo (talvez), muita gente se vale desse artifício em torno do coração a fim de se machucarem o menos possível. Não se dedicaram para isso, a própria vida se encarregou de colocar tijolo por tijolo. A questão é que o objetivo é sempre o mesmo, segurança.
É uma medida eficaz, de fato. Quebrar tal monumento é tarefa árdua, apenas aqueles extremamente competentes o fazem. De vez em quando se consegue construir uma ponte por cima do grande muro, mas, logo é desfeita devido à fragilidade do material.
Em certos momentos, esse controle pode ser inútil. Quantas amizades se perdem porque está trancafiado? Quantos amores são perdidos porque o muro está tão alto que não há possibilidade de ver o outro lado?
No caso chinês, durante a construção, cerca de 80% das pessoas morriam. Quando estão construindo e mantendo a sua própria, muitos se esvaem também, ainda que somente para quem a ergueu. Matar o amor, seja ele qual for, deveria ser crime.
Perceba que ter proteção e segurança é bom, todavia é melhor construir muros no lugar de muralhas. Perceba que é importante deixar uma porta em algum lugar para que alguém consiga chegar e você possa ir de encontro.
Perceba que quando os muchus expandiram o território chinês na direção norte, a muralha perdeu o sentido, passou a ser ponto turístico.
A partir do momento em que você se permite se invadido por pessoas que valem a pena, a amurada perde o valor e se torna algo bonito para visitas. Mostra a história e o valor do que está lá dentro.
Você já abriu sua porta hoje?
@annamoud
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